CUIDANDO DO CORAÇÃO
A cada 40 segundos um brasileiro morre por doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares afetam o sistema circulatório, os vasos sanguíneos e o coração. Como evitar
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são atualmente a principal causa de mortes no Brasil. Entre 2004 e 2013, foram responsáveis por mais de três milhões de óbitos, equivalente a uma morte a cada 40 segundos.
Grande parte do aparecimento e desenvolvimento dessas doenças vem dos maus hábitos que a população cultiva e da falta de atividades físicas regulares. Sendo assim, evitar essas enfermidades está relacionado a conservação de bons hábitos.
A condição é responsável pelo dobro de mortes se comparada a todos os tipos de cânceres, duas vezes mais que causas externas como acidentes e violência, três vezes mais que as doenças respiratórias e seis vezes mais que infecções crônicas como a AIDS. Até setembro de 2016 foram registradas mais de 240 mil mortes por doenças cardiovasculares no Brasil – mais de 10 mil somente no mês de setembro, segundo os dados que a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
O que são as doenças cardiovasculares
Para que fique mais fácil o seu entendimento, as doenças cardiovasculares são condições que afetam o sistema circulatório, os vasos sanguíneos e o coração. Existem diferentes tipos e, entre os mais comuns, estão a hipertensão arterial, o enfarte do miocárdio, a angina pectoris e as arritmias cardíacas.
Prevenção e tratamento adequados podem ajudar a reverter essa grave situação, conforme explica Humberto Freitas, cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. “Embora fatores não modificáveis, como predisposição genética, contribuam para a ocorrência de doenças cardíacas, essas estatísticas podem ser explicadas principalmente pelos maus hábitos de vida da população, como alimentação não balanceada, sedentarismo, sobrepeso e tabagismo.”
Fatores de risco
Os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares podem ser divididos em três categorias, segundo o especialista: condições médicas, estilo de vida e fatores hereditários. Classificam-se como condições médicas problemas como colesterol, pressão alta, diabetes e outros. No caso do estilo de vida, se enquadram hábitos como tabagismo, sedentarismo, alimentação desbalanceada, obesidade, estresse e alcoolismo. Já os fatores hereditários, são condições genéticas herdadas de familiares, que podem interferir na condição cardiovascular do indivíduo.
Não adotar hábitos considerados fatores de risco, citados acima, é uma das formas de evitar o desenvolvimento das doenças. “Também é importante estar atento aos antecedentes familiares para doenças crônicas e ter, como rotina, o acompanhamento médico e, se necessário, o tratamento via medicamentos e intervenções”, explica o cardiologista.
Além do mais, o check-up é a melhor maneira de identificar e tratar problemas cardiovasculares e pode ser realizado por todos, independentemente da faixa etária e gênero. “Os exames preventivos devem ser solicitados de acordo com a necessidade de cada paciente. Os mais comuns são o eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, exames laboratoriais, teste de esforço e tomografia do coração”, completa Freitas.
Hábitos saudáveis
Para conservar a saúde do seu coração, algumas práticas saudáveis podem ser adotadas como forma de prevenir o aparecimento de doenças que possam comprometer a saúde do órgão. Veja quais são as recomendações passadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Geralmente, o cigarro é responsável por matar ou agravar o estado de saúde de pelo menos 63% da população mundial. Sendo assim, deixar de fumar pode ser um dos primeiros hábitos que deve ser preservado em prol da saúde do coração. Fazer exercícios físicos de forma regular também é uma excelente forma de prevenção. Consequentemente, essa atitude acaba interferindo diretamente em outra condição que garante a saúde do coração: o controle do peso.
Controlar a pressão arterial também é uma providência que deve ser tomada pelas pessoas que querem evitar problemas no coração. Vale a pena prestar atenção se na sua família há histórico de hipertensão. Se houver, é importante que o acompanhamento seja feito a partir dos 30 anos de idade.
Cuidar da alimentação, consumindo alimentos ricos em nutrientes também ajuda, assim como evitar alimentos com gordura saturada e gordura trans, como os embutidos, carne gordurosa, biscoito recheado, margarina e outros alimentos. Prefira frutas, verduras, legumes e carnes magras.
Extraido site remediocaseira.
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