SAÚDE CUIDADOS COM A VISÃO
Como prevenir problemas de visão entre as crianças
Os cuidados englobam o teste do olhinho na maternidade e consultas ao oftalmopediatra na infância e adolescência — ainda mais com a pandemia
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,4 milhão de crianças no mundo apresentam perda de visão em algum grau, a maioria em regiões carentes do planeta. Porém, 80% desses casos poderiam ser evitados ou tratados com melhores resultados em uma consulta ao oftalmopediatra.
Os cuidados com a saúde ocular da criança devem começar ainda no pré-natal , quando é possível detectar e controlar doenças nas gestantes, como toxoplasmose, sífilis e herpes, que colocam em risco a visão do feto. Já no pós-parto, todos os recém-nascidos precisam passar pelo teste do olhinho, um exame essencial para investigar alterações que exigem intervenção médica urgente, tais como catarata congênita (maior incidência em bebês cujas mães tiveram infecção) e glaucoma congênito (um sinal é a fotofobia), além do retinoblastoma (tumor na retina, área que gera as imagens).
Até completarem 2 anos de vida, os bebês, com sintoma ou não de problemas de vista, devem ser levados a esse profissional, idealmente a cada seis meses. . Após essa idade, se estiver tudo bem, a criança deverá ser examinada anualmente até os 10 anos. Isso porque é na fase pré-escolar (dos 4 aos 6 anos) e na segunda infância (dos 6 anos até a puberdade) que costumam aparecer os erros de refração — miopia, astigmatismo e hipermetropia. E também o estrabismo, o desalinhamento dos olhos, distorção que atinge cerca de 5% da população infantil e tem diferentes formas: um olho pode estar virado para frente, enquanto o outro, para dentro, , para fora, cima ou baixo. As causas podem ser de algum dano nos músculos que controlam o movimento ocular, lesão no nervo óptico, entre outras.
Vale lembrar que até por volta dos seis meses de vida é normal algum desvio dos olhos. Contudo, se ele permanecer depois dessa idade, um oftalmopediatria merece ser consultado. Com a falha, os olhos não focam a imagem no mesmo sentido e ao mesmo tempo, o que pode levar à diminuição da visão, perda da percepção de profundidade e visão dupla. Daí a importância de iniciar a correção precocemente, com o tratamento adequado em cada caso, o que inclui o uso de óculos especiais, tampão, exercícios para os olhos ou cirurgia.
Outra preocupação dois pais quando chegam ao consultório é a diferença na cor dos olhos do bebê. Ela é determinada pela íris. E os tons variam de acordo com a luminosidade, dando a impressão de que o olho muda de cor. Ao nascer, a tonalidade não está bem definida, podendo se modificar dos quatro até os seis meses de vida. Após essa fase, fica praticamente inalterada. Mas qualquer transformação significativa da coloração ocular, após o primeiro ano do bebê, deve ser motivo de consulta.
Atenção redobrada com a pandemia do coronavírus
Além da visita de rotina ao oftalmopediatra, os pais ou responsáveis precisam observar se a criança demonstra baixo rendimento ou desinteresse na escola, falta de concentração, lacrimejamento, irritação e vermelhidão dos olhos ao assistir TV e usar o computador ou mesmo queixa de baixa visão em um ou em ambos os olhos, acompanhados ou não de dor de cabeça. Essa atenção deve ser redobrada, especialmente em um cenário de isolamento social devido à pandemia, no qual as crianças e os adolescentes têm passado mais tempo utilizando computadores, tablets e celulares, comportamento acentuado com as aulas a distância.
Extraído site saudeabril
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